Cinquenta mil pessoas estarão morando na cidade daqui a uma década. Essa é a estimativa da Eletronuclear para o número de habitantes da região que se estende de Tarituba até o bairro do Ariró, onde reside a maioria dos trabalhadores da empresa. Para atender a essa demanda, cogita-se a construção de um hospital, na Vila Operária, que corresponda às necessidades da região.
De acordo com o superintendente da Feam (Fundação Eletronuclear de Assistência Médica), Carlos Vasconcellos, a iniciativa de construir um hospital se justifica pelo crescente aumento populacional do Parque Mambucaba, que, segundo o médico, abriga atualmente 35 mil pessoas. - A pedido da Eletronuclear realizamos um estudo que originou um projeto para a construção de uma unidade hospitalar que possibilite o atendimento de toda a população - disse.
O projeto, que está em fase de avaliação pela Eletronuclear, prevê que a construção do hospital seja na Vila Operária. Para Vasconcellos, a escolha do local é adequada, pois já existe na Vila uma unidade de atendimento da Feam para trabalhadores que porventura tenham contato direto com a radiação.
- O novo hospital terá como anexo esta unidade emergencial. O que facilita o atendimento, caso precise, visto que poderemos oferecer o tratamento completo sem a necessidade de transferir o paciente para a Praia Brava - informou.
- A maior dificuldade para a implementação desse projeto não é a construção do hospital e sim a manutenção adequada do complexo de saúde - disse Vasconcellos, ressaltando a importância de um estudo bem estruturado que viabilize o funcionamento do hospital.
O projeto para a construção do hospital prevê a instalação de 80 leitos, um setor de terapia intensiva e um centro cirúrgico. - A nossa pretensão é a de que o novo complexo hospitalar seja equipado com máquinas de alta tecnologia. No planejamento constam investimentos para adquirir equipamentos que possibilitem a realização de exames por imagens de ótima resolução. Isso favorece o diagnóstico e o tratamento rápido das doenças - falou.
Segundo Vasconcellos, o atendimento hospitalar será feito pelos diferentes convênios da região e também pelo SUS (Sistema de Saúde Único).
Praia Brava tem dificuldade para suportar demanda
Com o crescimento populacional, o HPB (Hospital de Praia Brava) tem dificuldade para atender a demanda. A impossibilidade de executar obras de expansão na unidade pela falta de espaço justifica a escolha de outro local, próximo à instituição, para execução da obra. Atualmente, a unidade tem 53 leitos.
- O HPB faz um trabalho que é referência na região, porém, precisamos aumentar o número de atendimentos - disse o superintendente da Feam (Fundação Eletronuclear de Assistência Médica), Carlos Vasconcellos.
De acordo ele, o HPB realiza em média 250 atendimentos emergenciais por dia, somando o total de seis mil atendimentos mensais, três mil atendimentos ambulatoriais e cerca de oito mil consultas agendadas.
Divisão do trabalho e serviço de tomografia
Há uma expectativa de que o hospital a ser construído esteja pronto antes do término da obra da Usina Nuclear de Angra 3, o que deverá acontecer nos próximos seis anos. Segundo o superintendente da Feam (Fundação Eletronuclear de Assistência Médica), Carlos Vasconcellos, o HPB ficaria responsável pelos atendimentos ambulatoriais e pela policlínica, que trabalha com consultas agendadas. Já a nova unidade hospitalar realizaria os atendimentos de emergência e internação.
Está prevista a instalação de um setor de exame de tomografia no Hospital de Praia Brava. De acordo com Vasconcellos, foi feito um pedido para transferência do almoxarifado do HPB para outra sala. O antigo departamento será transformado em um setor para abrigar toda a estrutura necessária à realização de tomografias.
- Esperamos que dentro de dois meses a sala de exames de tomografia já esteja em funcionamento para atender à população de Angra - informou.
Fonte: Site do Jornal Diário do Vale
http://www.diariodovale.com.br/noticias/0,22565.html
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