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sábado, 19 de dezembro de 2009

Combate à dengue é discutido pelo 4º Distrito

O resultado do último levantamento mostra que o Parque Mambucaba tem 0,2 de manifestação do mosquito.

Depois dos resultados do último Levantamento de Índice Rápido (Lira) no 4º Distrito, que abrange os bairros: Parque Mambucaba, Vila Histórica,  Praia Vermelha, Piraquara,  Frade,  Condomínio do Frade, Santa Rita I e II, Bracuí e  Ariró, o presidente da Fundação de Saúde de Angra dos Reis (Fusar), Adilson Bernardo, convocou uma reunião na quinta-feira, 17, para a discussão de ações das áreas envolvidas no combate à dengue na região.

A reunião aconteceu no 10º GP do Corpo de Bombeiros, no Balneário, e contou com a presença do subprefeito da Região Sul, Silas Gonçalves, e dos administradores regionais; além do subsecretário de Defesa Civil, Lucas Costa; o comandante do 10º GP, Coronel Jerry Pires; o subsecretário de Serviços Públicos, Miguel Arcanjo; o coordenador de resíduos sólidos da Secretaria de Meio Ambiente, Fábio Jordão; o coordenador de Atenção Básica da Fusar, Alexandre Lisboa; o superintendente Hospitalar, Fernando Argôlo; e o diretor de Vigilância Ambiental, Leonardo de Freitas, que apresentou os resultados do Lira no 4º Distrito, acompanhado da agente de Controle de Vetores, Michele Máximo.

– A dengue é uma questão de corresponsabilidade. É um problema de todos nós. Nossa maior preocupação no momento é com o Parque Mambucaba, que não tinha índice nenhum de manifestação, mas no último Lira apresentou uma taxa de 0,2, diferente do Frade, com 2,5 – contou Michele, apresentando o número de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypt, que podem ser de dois tipos: ou os depósitos fixos (residências e terrenos) ou os resíduos sólidos, que podem ser transportados passivamente, como os lixos recicláveis.  – Essa é a nossa luta atual. Os moradores costumam armazenar latinhas e outros tipos de resíduos recicláveis em casa para vender e esperam a valorização do material para venderem bem. O que é um perigo, pois com o alto índice pluviométrico no município, temos criadouros fáceis nas casas – explicou Leonardo Freitas.

O presidente da Fusar, Adilson Bernardo, falou da importância de se realizar um trabalho mais intenso no Parque Mambucaba, que é uma porta de entrada do município.

– Como a região é colada com o município de Paraty, que também tem casos de dengue, estamos preocupados, pois o mosquito não muda de comportamento. Ele pode vir para cá, como já está começando a vir. Se a população não se conscientizar disso e diminuir o índice resíduos sólidos, que já está em 72%, poderemos ter uma surpresa desagradável no verão – explicou Adilson, que falou também sobre as casas de veranistas na região, que ficam fechadas durante grande parte do ano e não podem ser vistoriadas sem intervenção jurídica. Segundo ele, a comunicação deve ser melhorada entre a Vigilância Ambiental em Saúde, a subprefeitura, as administrações, a Secretaria de Serviços Públicos, a Defesa Civil e a Secretaria de Meio Ambiente, para que as ações que serão programadas, mediante a reunião, possam ter sucesso.

O coordenador de resíduos sólidos da Secretaria de Meio Ambiente, Fábio Jordão, explicou que o município está realizando uma parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para aterrar terrenos baldios, que se tornam verdadeiras lagoas com as chuvas, e está lutando para implantar os Pontos de Entrega Voluntária (PEVs).

– Nosso objetivo é criar 42 PEVs no município, e em janeiro estaremos apresentando a proposta. Cada PEV custará em torno de R$ 20 mil. Todos os resíduos gerados pela comunidade serão entregues, como já acontece no Cais do Carmo, e é um sucesso – contou Fábio, frisando ainda que a solução para região Sul seria a criação de um Ponto de Acúmulo de Resíduos Temporários (Part), que seria uma construção em alvenaria com duas portas com laje, para o descarte em sacolas fechadas em horários determinados.

O apoio da Defesa Civil tem sido imprescindível para as ações contra a dengue no município. Segundo o subsecretário Lucas Costa, já foram visitados e vistoriados 46.536 imóveis, 2.612 galpões e terrenos e 9.032 caixas d‘água foram cobertas.

– Temos um problema com o morador que está reutilizando as coberturas das caixas d‘águas para outros fins, continuando a mantê-las destampadas. É um problema de falta de conscientização – disse Lucas.

Os mutirões diários, de segunda-feira a domingo, continuam com os 142 agentes de controle de vetores, que vêm sendo feito em todo o município, sempre com a meta de se visitar 3 mil residências por dia. Agora, a equipe será aumentada, com mais 50 pessoas da Subsecretaria de Serviços Públicos, e a meta é divulgar os resultados do Lira a toda a população, através das associações de Moradores, para que sejam discutidas as ações diretamente com eles, realizando um trabalho de conscientização da importância do papel de cada um.

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