Bem-vindo ao nosso Blog. Hoje é

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ANGRA 3 - NORMA DE SEGURANÇA EXIGIDA PELO MP DEVERÁ SER ENTREGUE EM TRÊS SEMANAS

Após o pedido de suspensão das obras de construção de Angra 3, feito pelo procurador Fernando Amorim Lavieri, do Ministério Público Federal em Angra dos Reis, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), e a Eletronuclear se propuseram a elaborar uma norma que atenda todas as especificações exigidas pelo MP. Segundo o procurador Lavieiri, essa norma terá que ser realizada em três semanas, e adaptada ao modelo de construção da nova usina.
- Por diversas questões, eles alegaram que não iriam acatar a suspensão. Mas para que não houvesse a necessidade de entrarmos com uma ação civil, eles se propuseram a elaborar uma norma de segurança que inclua todos os requisitos que foram solicitados. E acredito que se realmente eles entregarem essa norma em três semanas, o problema estará resolvido - destacou o procurador Fernando.
Em 40 dias, o Ministério Público solicitou, por duas vezes, a suspensão das obras, alegando que seria necessário apresentar um estudo para prevenção e redução dos efeitos de acidentes severos, que podem levar à fusão do núcleo do reator e à liberação de material radioativo para o meio ambiente. Porém, a Cnen e a Eletronuclear afirmaram não iriam paralisar as obras voluntariamente. Segundo a carta, "uma eventual paralisação, além de não atender o propósito último de garantir a segurança do público e do meio ambiente", traria "consequências deletérias ao erário público, à população da região de Angra dos Reis e ao planejamento do setor energético, mais especificamente à segurança do abastecimento, que afeta toda a economia e, portanto, a sociedade brasileira".
A recomendação
Segundo as normas da Agência de Energia Atômica, a análise de estudo dos acidentes severo precisa ser feita antes do licenciamento de usinas nucleares. De acordo com o procurador Fernando, no caso de Angra 3, a licença concedida pela Cnen determina que o estudo seja apresentado no relatório final de análise de segurança.
O procurador informou ainda que a Cnen tinha conhecimento dessa norma da Aiea desde 2008, época em que foi expedido um relatório de funcionários da área técnica do órgão regulador sobre o tema. Lavieri lembra ainda que o projeto de Angra 3 é da década de 70 e, portanto, anterior ao acidente da Usina Three Mile Island, em 1979, nos Estados Unidos. A partir desse acidente foram feitas várias modificações nas normas de segurança nuclear. Por isso, os projetos para a construção de Angra 3 deveriam estar dentro dessas novas normas.

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Gonçalves confirmou ter autorizado a realização de estudo probabilístico de segurança e acidentes severos de Angra 3, que está sendo conduzido pela Eletronuclear. Segundo as empresas, Angra 3 está sendo feita da mesma forma que Angra 2, por isso as normas exigidas já estão sendo cumpridas.

- Angra 1 e Angra 2 foram construídas antes dessas normas, porém foi realizado um estudo após as modificações para realizar as alterações necessárias para garantir a segurança em casos de acidentes severos - onde todas as formas de contenção da radiatividade falham. Então, as empresas afirmam que Angra 3 é uma replica de Angra 2, e está dentro das normas. Tanto que eles deram continuidade às obras da construção. Agora, vou analisar se realmente há provas de que todas as exigências foram cumpridas - destacou Lavieri.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seu comentário!