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segunda-feira, 29 de junho de 2009

PARENTE FALA AO TRIBUNA LIVRE

O Jornal Tribuna Livre conversou com o vereador Manoel Parente (PHS), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Angra dos Reis, sobre os principais desafios da área no município. Para ele, a cidade precisa debater com urgência, a gestão do lixo e investimentos em saneamento básico. Leia os principais trechos da entrevista:
Tribuna — Qual sua avaliação sobre a semana do Meio Ambiente da Câmara?
Parente — O resultado foi ótimo, apesar das dificuldades. Não tivemos uma sessão especial sobre meio ambiente, mas os debates que tivemos foram excelentes. Por exemplo, a palestra sobre o gerenciamento costeiro, que tem grande destaque na questão do meio ambiente; ou o debate sobre os resíduos sólidos, o lixo doméstico, que é o grande vilão da sociedade; o uso inadequado dos recursos hídricos é outro tema importante, porque Angra tem água abundante, mas, com o passar dos anos esta água vem escasseando. Haja vista as cachoeiras que estão desaparecendo. Em Mambucaba, por exemplo, o abastecimento já não é suficiente. Bastam dois meses de estiagem que os moradores começam a ter problemas. A avaliação desta semana foi poisitiva porque pudemos debater estes temas com alguma profundidade.
Tribuna — O senhor crê que estes temas são os principais problemas do meio ambiente em Angra?
Parente — Não. Tem um problema ainda mais grave que é a questão do saneamento básico, o tratamento de esgoto. Estou propondo, inclusive, a adequação do Marco Regulatório federal do saneamento no município. O tratamento de esgoto em Angra é urgente. Nossas praias estão contaminadas, os nossos rios, como o Japuíba, do Choro, Perequê, Mambucaba e outros, estão levando para o mar, grande quantidade de sujeira e esgoto in natura. Na região urbana de Mambucaba, todas as ruas drenadas nos últimos 20 anos, são galerias de esgoto in natura. Na praia da Vila Histórica, por exemplo, é praticamente inviável tomar um banho tranquilo. A balneabi-lidade desta praia está comprometida e isso é muito triste. Outra coisa com a qual devemos nos preocupar é com a coleta de lixo doméstico e o seu destino final. A coleta de lixo tem suas deficiências, mas se o morador cumprir as datas fixadas na programação, mantém o municipio limpo. Quando o morador joga o lixo fora do dia da coleta, expõe o lixo à violação por animais, contaminação etc. Outra preocupação é com o aterro do Ariró. A Prefeitura tem urgência em criar o nosso aterro sanitário. A sociedade tem que discutir isso.
Tribuna — E o debate sobre a importação de lixo?
Parente — Estamos pesquisando a questão dos consórcios. Angra não gera lixo suficiente para gerir este consórcio sozinha. Precisa de volume. O município pagaria para levar o lixo e a quantidade de materiais reaproveitados seria pequena para se manter uma usina de reciclagem. Com Mangaratiba, Paraty e Rio Claro neste consórcio, isso iria melhorar o tratamento. É uma boa para a Costa Verde. Juntando o lixo destas cidades, viabilizaria mais investimentos e aumentaria os recursos que a cidade recebe do Estado. Sou a favor desta estrategia porque acho que só assim teremos toda a região limpa. Ninguém quer chegar em Paraty ou Rio Claro e encontrar as cidades sujas e Angra não tem condições sozinha, de criar o seu aterro sanitário. Estamos participando de seminários sobre o assunto em busca do melhor modelo para o município. Não podemos deixar de debater isso e temos que sair na frente.
Tribuna — Quando se fala em meio ambiente, fala-se em fiscalização. Isso é importante?
Parente — Com certeza. Acho que o município precisa criar o seu agente municipal de vigilância, além de reforçar o trabalho e a infraestrutura da Polícia Florestal. Tem que se criar toda a estrutura para garantir a proteção das áreas de mata e mananciais da cidade.
Fonte : Jornal Tribuna Livre - Publicada na edição 054

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